Like a hobo from a broken home, nothing is gonna stop me.

“Life would be a ding-a-derry, If I only had a brain”
Pobre, Espantalho, ele realmente acreditou nisso.
Ouvi de tantas pessoas tão inteligentes que elas acreditavam que seus cérebros, ou ainda, seu “vício” de pensar, eram (são) uma maldição. Não deveria nossa inteligência nos trazer soluções mais do que nos fazer entender os problemas? Como podem os problemas que criamos serem vitoriosos sobre nossa capacidade de resolvê-los?

Essa última semana foi esquisita pra mim. O fato de ter ficado doente e, tão fisicamente vulnerável, afetou-me em todos os aspectos, inclusive na capacidade de pensar e fazer conexões. Claro, que trabalhando com crianças, lembro da minha infância quase que constantemente. Isso porque sou, logicamente, meu mais preciso referencial. Mas depois de terminar o livro “a long way gone” não consegui parar de pensar no assunto e, claro, as conexões com minha atual ocupação são infinitas e, uma vez mais, comigo mesma. Isso, além de me prover um pouco de entendimento político/social que tanto me falta, fez com que eu lembrasse e tivesse que lidar com coisas há muito enterradas no fundo da minha mente. A nossa máquina-cérebro provou-se uma vez mais precisa não me deixando acessar ou importar-me com esses dados em tempos passados. Não digo que estava desta vez, ou que estarei um dia, pronta para essas coisas, mas antes hoje com um pouco mais de maturidade e esclarecimento do que antes. Talvez um dia no futuro, ainda melhor. …
Provida do descanso que meu corpo necessitava, venho sentindo-me melhor, em como consequência, pensando mais claramente.
Sim, no meio da minha febre, fui ver o show do Muse e não me arrependo. Foi muito bom! E também marca, como antes, a abertura de um tempo de mudanças. Estou animada (embora preocupada, etc, etc).

“Lies, they only stop me from feeling free.”

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